O arquiteto Alvaro Siza , que no Brasil assina o projeto da Fundação Iberê Camargo , em Porto Alegre (acima) ficou com O Golden Lion da Bienal de Arquitetura de Veneza, concedido a ele pelo conjunto da obra. Do texto que anuncia a premiação escolhemos este trecho:

 “É difícil pensar em um arquiteto contemporâneo que tenha mantido uma presença tão consistente dentro da profissão quanto Álvaro Siza. Ele tem mantido uma posição única na galáxia arquitetônica, e confirmou uma produção de obras do mais alto nível, sem o menor sinal do profissionalismo ostensivo e da auto-promoção que se tornou parte da máquina do arquiteto na atualidade. Supostamente correndo na direção oposta à do resto da profissão, ele parece estar sempre à frente, aparentemente imaculado, e não se intimida com os desafios práticos e intelectuais que define para si mesmo. Enquanto estamos deslumbrados com a leveza de suas construções, sentimos a gravidade de sua substância.”

A 13ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza, a ser inaugurada em agosto, será dirigida por David Chipperfield, carrega a idéia de Common Ground (Terreno Comum) como título, e é norteada por uma frase do Livro do Desassossego do Fernando Pessoa, o poeta, tão português quanto o premiado arquiteto.

“Eu sou do mesmo tamanho daquilo que vejo, e não limitado pelo tamanho que sou.”