Glam rock macabro segundo Brian de Palma
A década é a de 70. Em cena os bastidores do glam rock contados sobre um tripé que tem O Retrato de Dorian Gray, o Fantasma da Ópera e Fausto como pontos de sustentação. A ação se passa na casa de espetáculos Paraíso, comandada por um produtor ganancioso que vendeu a alma ao diabo, roubou a peça musical de um autor desfigurado, mantido encarcerado nos camarins e impõem-se satânicamente sobre seus comandados.
O clima é de ópera rock, absurdamente camp, cores distorcidas, enquadramentos e personagens estranhíssimos, figurinos alucinados e tudo regido por um furor criativo que eletriza quase 40 anos depois ( o filme é de 1974). Uma preciosidade, da safra de Horror Picture Show, mas com a assinatura do Brian de Palma, em momento inspirado e desenfreado. Mesmo quem não é iniciado nos excessos e na música da década, vai se render ao drama de ambição e sucesso que corre para um irremediável desastre em cores e espírito de programa de auditório.
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