Ryneke Dijkstra no Guggenheim de Nova York
Nos anos 90, uma séria de retratos de adolescentes clicados em uma praia colocaram a fotógrafa holandesa Ryneke Dijkstra no mapa da arte global. Contra toda mistificação da imagem contemporânea, a artista expunha pessoas captadas de forma realista e as apresentava sem usar recursos digitais. As fotos de composição clássica, com figuras centralizadas em fundos neutros ou naturais, expunham de tal forma uma fragilidade e vulnerabilidade dos retratados que introduziam um elemento novo e desafiador no contexto das imagens manipuladas e idealizadas. Depois disso, ela realizou outras séries brilhantes, como a dos toureiros captados logo após sair da arena, a dos estudantes militares ou apenas de jovens comuns documentados na mais absoluta, e por isso mesmo desconcertante, naturalidade.
Desde junho uma retrospectiva das fotografias dela ocupa o Guggenheim em Nova York. Fica até outubro e é um programa dos bons para quem vai passar pela cidade nesse período. No dia 21 de setembro um simpósio reúne pensadores, curadores, artistas e público para tratar do tema Empatia, Afeto e a Imagem Fotográfica e, no dia 02 de outubro, é a vez de olhar para o Retrato na Fotografia Contemporânea.
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