30ª Bienal: Artista holandês coloca a individualidade em cheque
O holandês Hans Eijkelboom é um artista que usa a fotografia para investigar a influência da aparência e da roupa sobre a relação entre indivíduo e identidade. Ele opera com a relação entre o singular e o massificado em uma sociedade globalizada.
As séries de fotos de Eijkelboom, geralmente apresentadas em livros e instalações, podem ser vistas como uma reflexão sobre se o que estamos testemunhando é uma sociedade se desenvolvendo em direção à liberdade, ou envolvida em um colapso lento, enquanto seres humanos são reduzidos a consumidores. A liberdade de comprar e vestir o que quiser não nos torna peças de interesses comerciais, que em última instância visam apenas a previsibilidade e a uniformização?
O trabalho dele funciona como uma provocativa documentação antropológica, e também é um comentário sobre um dos recursos largamente utilizados pelo sistema da moda contemporânea como fonte de identificação de tendências. Ao esforço de documentar pessoas nos centros urbanos do planeta, realizado com o objetivo de garimpar formas interessantes de se vestir, ele contrapõem a repetição inevitável da produção industrial e impõe um travo duro á prática e à idéia.
Hans Eijkelboom é uma das atrações da 30ª Bienal de São Paulo, que fica no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera até novembro.
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