Paris: Slimane subestima a Saint laurent
Muita gente gosta do Hedi Slimane. Eu inclusive. Tivesse ele feito algo radical de verdade, neste desfile em Paris, teria o meu apoio. Não se trata de advogar a favor de um respeito pelo histórico de casas tradicionais, como a que ele agora defende. Isso é algo que pode, e eventualmente deve, ser subvertido para que a coisa ande. Não foi nada disso o que aconteceu. Não bastasse Slimane ter retomado o grunge em registro morno, ineficiente para a tarefa de significar qualquer coisa parecida com uma contravenção ou ousadia, ele perdeu-se em sequencias de vestidinhos com botinhas de tachas e agasalhos de tricô de fazer inveja a estilista alternativo iniciante. Se esta avaliação estética pode ser contestada, vai ser difícil fazer o mesmo na hora de explicar para uma cliente SL o preço que ela deve pagar por peças tão prosaicas. Fora de foco, infelizmente.
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