Encravado entre montanhas, o Instituto Cultural Inhotim fica a cerca de uma hora de Belo Horizonte. Quem já foi, volta. Quem ainda não foi, quer ir. O objetivo é ver o acervo de arte contemporânea, improvavelmente contido em um (até pouco tempo atrás) desconhecido município mineiro chamado Brumadinho. A imensa e bem cuidada propriedade rural, salpicada de espécimes raros da flora tropical, pavilhões com obras de grandes estrelas da arte global e bons restaurantes e cafés é um destino consolidado no país. Atrai estrangeiros e brasileiros vindos de norte a sul e de várias classes sociais. Há quem não se conforme com os gastos, visivelmente grandes que sustentam o projeto, e dedica-se a procurar os característicos sinais de fraude que sucateiam nossa vilipendiada condição de cidadão. De fato, o que se vê é dinheiro bem empregado, e o que se tem é o contato com extratos raros da cultura contemporânea. Além do espetáculo da exuberância vegetal. Não tem lugar assim em outros cantos do planeta. Estas imagens são de uma visita recente. Chamei-a de incerta pois as fotos foram feitas sem um programa, roteiro ou espírito documental. Um detalhe aqui, um plano geral ali e o resultado é este aí.