Londres: Burberry
A Burberry é quase uma instituição inglesa na atualidade. Também é marca global, com perfil de coleções que tem o papel de correr o mundo e agradar nos quatro cantos do planeta. A esta exigência, Christopher Bailey adiciona, sempre que possível, uma dose extra de experimentação. Como resultado a imagem da Burberry circula fresca, associada à marca jovem e com disposição para coisas novas. A estratégia funciona. Nesta coleção ele cita Bloomsbury, área de Londres, famosa pelas praças e jardins, mas também por ter abrigado um movimento literário histórico.
Esta associação entre cultura alternativa e a natureza rende estampas florais ampliadas, como que pintadas à mão. As flores desfocadas, com motivos ingênuos, foram criadas no estúdio de Bailey, e chegaram aos célebres trench coats da marca, oferecidos também em organdi de seda e algodão leve. A presença de flores e trepadeiras se consuma mesmo é nos vestidos – alguns com cinturas altas, franzidos e laços no pescoço, oscilantes como camisolas de verão.
Para enfrentar o inverno há peças como jaquetas e casacos tecidos em lã e cashmere escocês que se assemelham a cobertores. Usados como xales no desfile, neles entram também listras, letras e padrões geométricos. O mínimo que se pode dizer é que este olhar da Burberry para os jardins ingleses e para o universo literário que abrigou Virgínia Woolf rendeu coleção revigorante.
Imagens: WWD e divulgação
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