Bienal do Mercosul 01
Estamos diante de um tipo de realização que não costuma esconder processos e nem converge sempre para formas acabadas. Levando isso em conta, o fato da Bienal ter aberto as portas para imprensa e público com obras ainda em construção não é nada que a comprometa. O extenso projeto desenhado pela curadora geral Victoria Noorthoorn, e compartilhado por varios curadores-artistas, ambiciona 360° de visão sobre camadas do fazer e dos sentidos da arte. À primeira vista cumpre o que promete e, ser bem sucedida, também à primeira vista, parece ser seu bem e seu mal. Em dois dias circulando por lá vi muito, mas saí com pouca solidez na retina e nas idéias. É como se a amplitude desejada, e obtida, em contrapartida puverizasse a experiência. De sólido mesmo o galpão 3 (Absurdos) que tem trabalhos consistentes e uma ocupação espacial que faz juz ao termo. Mas, neste terreno, nada de conclusões apressadas e volto lá ainda esta semana para ver mais. Nas imagens: cenas do vídeo do Marcellus, uma das obras desestabilizadoramente incrustadas na paisagem móvel criada pela Laura Lima, e trator trabalhando na montagem, em foto do Eduardo Seidi.
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