Ainda hoje é difícil acreditar que na década de 70, travestido como o alienígena Ziggy Stardust, ele tenha aterrissado no interior de Minas, mas o fato é que foi assim, como também é fato que comprei imediatamente o pacote completo. A desordem nos códigos de gênero e o artificial como real reflexo do mundo vieram a reboque. Trituraram para sempre, com vocais, guitarras, roupas, make up e senso de espetáculo, a previsibilidade de uma adolescência provinciana.

Nem preciso dizer do tanto que gostei de ver a terra do alto e de gritar we can be heroes junto com ele. Entretanto, hoje, já não interessam as opiniões individuais diante da estatura coletiva dele.

David Bowie não é outro produto da cultura pop, é o portifólio completo dela.

Fique esperto e não perca chance. Em São Paulo, no MIS, a exposição sobre David Bowie fecha as portas no dia 20 de abril.