A feira de arte e o casal hipster

A feira de arte e o casal hipster

19 de maio de 2014 Arte, Opinião 0

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Outra grande feira de arte chega ao fim, no caso a segunda edição da Art Basel em Hong Kong. Mais uma vez confirma-se que a arte está no topo da lista dos interesses. Do público em geral e dos investidores, colecionadores, leiloeiros e demais agentes da engrenagem comercial da área. De fato, muito bem conduzida na parte econômica, a arte, na cena contemporânea, tem nas feiras comerciais um grande vetor de divulgação. Elas também passaram a cumprir um papel cultural, como ficou patente na última edição da SP Arte, no Brasil, que atraiu público leigo e diversificado. Preenchem uma lacuna que os museus, bienais e outras instituições que abrigam exposições, de alguma forma, não cumprem inteiramente.

MarianGoodman_FudongYang_14May2014_00533Em Hong Kong, o balanço dos negócios aponta um saldo positivo. Além do papel global -a feira contou com a participação de grandes galerias, artistas e visitantes de todo o planeta- a organização comemora o sucesso da regionalização. Grande parte dos compradores que passaram por lá era da Ásia, o que significa expansão do território dos negócios. A forte afluência de colecionadores da Ásia foi complementada por outros viajando de longe, inclusive  do longínquo Brasil!

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A avaliação dos organizadores é que a Ásia é mesmo dinâmica o suficiente para sustentar uma feira internacional. Outra consideração inevitável, esta geral e colateral, é que as galerias terão que treinar muito bem o pessoal que mantém nos stands das feiras. Apesar das boas vendas apresentadas na maioria delas, parte do público é de curiosos. Se não podem comprar, merecem ser bem atendidos e informados. Vai saber o que o futuro reserva para a conta bancária do jovem casal hipster, o rapaz de t-shirt velha e rosto barbado, ela metida em um casaco e um par de tênis surrados.Se hoje eles se assustam com o preço astronômico da obra, amanhã, quem sabe?

Imagens: Cena da abertura. Stand da Galeria Marion Goodman, trabalhos de Fudong Yang. Galeria Eigan, trabalho de Carsten Nicolai.

Cortesia da Art Basel Hong Kong

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eduardo:

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