Radar: 31ª Bienal de SP
O título da 31a Bienal de São Paulo – Como (…) coisas que não existem – deixa em aberto um leque de possibilidades. Para preencher os parênteses vazios, é possível usar verbos variados sem que haja uma limitação para a interação com o desconhecido.
“Muitas coisas ficam de fora dos modos comumente aceitos de pensar e de atuar. Porém, essas coisas que não existem são essenciais para superar expectativas e convicções. Quando nos encontramos sem saída, debatendo sobre explicações distintas sobre nossa experiência no mundo, as coisas que não existem se tornam tangíveis em sua ausência.”
É o que diz o texto de divulgação, que traz ainda alguns tópicos reveladores do que é que norteou a curadoria.
Um deles, nomeado como Virada, detecta que é esta a nossa condição contemporânea e, por conseguinte, a condição da própria 31a Bienal.
Fala-se também em Conflito, Coletividade, Imaginação e Transformação.
A Bienal se propõe a analisar maneiras de gerar conflito, por isso muitos dos projetos têm por base relações e confrontos não resolvidos: entre grupos diferentes, entre versões contraditórias da mesma história ou entre ideais incompatíveis. Pensar e agir coletivamente é apontado como um modo mais poderoso e enriquecedor do que a lógica individualista que nos é geralmente imposta. A imaginação é vista como uma ferramenta para ir além da nossa situação atual, transformando-a. A transformação pode ser entendida como uma forma de efetivar mudanças, apontando para novas direções de virada – valendo-se de transgressão, transmutação, transcedência, transgênero e de outras ideias transitórias que agem contra a imposição de uma única e absoluta verdade.
Processo é um conceito que reafirma o fato de que esta Bienal não está fundada em objetos de arte, mas em pessoas que trabalham com pessoas que, por sua vez, trabalham em projetos colaborativos com outros indivíduos e grupos, em relações que devem continuar e desenvolver-se.
Jornada trata da expectativa de que todos que entrarem em contato com a Bienal levem algo novo consigo.
Veja como o curador Charles Esche, se manifesta a respeito dessa Bienal orientada pela transitoriedade.
“Está bem claro que as velhas hierarquias de uma ordem mundial com identidades fixas para pessoas e nações estão perdendo terreno para o que se poderia chamar de humanidade superdiversa.”
Uma boa forma de acompanhar tudo que vai se passar por lá é recorrer a um aplicativo que nos foi apresentado esta semana, o Artikin. Ele cobre todo o circuito de exposições em São Paulo e vai facilitar a vida de todos nós durante a Bienal.
Acesse e baixe na App Store ou neste link: http://artik.in/
Serviço:
6 SET – 7 DEZ 2014 ENTRADA GRATUITA PARQUE DO IBIRAPUERA PORTÃO 3 PAVILHÃO DA BIENAL SÃO PAULO BRASIL
VISITAÇÃO TER, QUI, SEX, DOM E FERIADOS: 9H – 19H (ENTRADA ATÉ 18H) QUA, SÁB: 9H – 22H (ENTRADA ATÉ 21H) FECHADO ÀS SEGUNDAS
Capa: Las dos Fridas, 1989/2014, Yeguas del apocalipsis (Pedro Lemebel – Francisco Casas), foto: Pedro Marinello. | Márcia Pantera | Cartaz Divulgação Bienal | Artikin
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