Marc Jacobs

Na primeira parte da nossa cobertura da NYFW, fizemos uma seleção de coleções com forte apelo jovem. Se ainda não viu, clique aqui.

Nessa segunda parte vamos começar falando de tensão e controle, que foi o tema da coleção da Proenza Schouler. As roupas, costuradas, apertadas, ajustadas e quase que suturadas juntas faziam parte de um jogo de desconstrução e reconstrução. Na lista de recursos usados pela Proenza tivemos ilhoses para unir as partes das roupas, cintos para amarra-las juntas e, em alguns casos, diversos cortes na horizontal, produzindo um bonito efeito de mostra e esconde na passarela.

Quem também uniu roupas com ilhoses e argolas foi Michael Kors, que trouxe uma coleção prática e bem resolvida para o dia a dia. Também seguindo a linha casual, mas com um pouco mais de mistura entre elementos, tecidos e estruturas, a coleção de Philip Lim foi outro grande acerto da temporada.

Nem só de roupas sóbrias se faz a semana de Nova York e, com tantos desfiles, é difícil não encontrar coleções para todos os gostos. Do lado mais divertido separamos duas marcas. Primeiro, Jeremy Scott que foi para o Wild West e misturou elementos da cultura pop com western. Foi uma das melhores coleções do designer, desde a escolha de cores e materiais às estampas e acessórios. Outra marca na linha do humor é a The Blonds NY e seu universo cor de rosa. A marca, queridinha de celebridades e drag queens, misturou glamour com dia a dia em roupas repletas de aplicações de metais, pedrarias e muito corpo à mostra. 

Também houveram princesas góticas no mix da NYFW. Quem tomou a frente da temática foi Marc Jacobs em desfile que sugeria um encontro entre o universo de Tim Burton e o da Família Adams. Os comprimentos ora amplos, ora longos e os sapatos de salto altíssimo foram pontos fortes, assim como as misturas de tecidos e texturas. 

Com um pouco mais de renda e roupas leves, a Rodarte também encarou a linha princesa gótica Diferente da personagem de Marc Jacobs que vive nas cidades, a da Rodarte é rodeada pela natureza. Como bem disse Tim Blanks, há algo de místico e elementar nesta coleção em que elementos da natureza se misturam a um universo fantasioso e sombrio.