Londres abre temporada de moda masculina
O clima de instabilidade política que assombra a Inglaterra teve reflexos diretos na abertura da temporada de moda masculina que se encerrou na última semana. Em termos práticos, marcas menores, que representam a maior parte do line up, começaram a sentir no bolso o aumento do preço de insumos, o que afeta diretamente o preço final dos produtos, prejudicando a competitividade do pequeno negócio em relação ao grande. Além disso, o evento de quatro dias perdeu grandes nomes do line up oficial, como Burberry, Alexander Mcqueen e Coach, perda equilibrada pelo retorno de Vivienne Westwood com coleção política e afiada.
Coleções com mensagens políticas foram representativas nas passarelas de Londres emprestando consistência particular à semana inglesa. Este viés foi reforçado pelas temáticas da roupa como armadura e pelos elementos militares nos universos de Agi & Sam, Matthew Miller, Craig Green, Christopher Shannon e J.W. Anderson.
Abaixo separamos mais três pontos altos identificados para a próxima estação:
Marcas como J.W. Anderson e Craig Green trabalharam com têxteis com belas texturas artesanais. Anderson, particularmente, apresentou uma esplêndida coleção, grande parte dela sustentada pelo crochê. Nas mão dele pontos e desenhos do passado ressurgem coloridos, atraentes e surpreendentemente contemporâneos.
É característica da semana de Londres as apostas em cores vivas para os rapazes, para o próximo inverno, entretanto elas ganharam um tratamento ainda mais vibrante em marcas como TOPMAN, Bobby Abley e Christopher Shannon.
O redesenho da silhueta do corpo masculino transitou nas propostas de boa parte das coleções londrinas. O recurso já vem sendo explorado há algumas temporadas devido às influências que envolvem gênero e streetwear e ganhou fôlego extra para o próximo inverno.
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