O segundo dia da SPFW N43
O segundo dia da SPFW N43 contou com desfiles de participantes já habituais, como Vitorino Campos, Ellus e Lino Villaventura e confirmou a adequação comercial das marcas. Mais diversidade em termos de criações, materiais e também de performances sustentaram a jornada.
Assim como outras marcas, Vitorino Campos abriu o segundo dia de desfiles com uma coleção que já estava inteiramente à venda. As “mulheres livres”, como o estilista definiu aquelas que usariam a coleção, desfilaram calças de cintura alta e muito xadrez colorido. Tudo com uma leve referência à década de 80. Campos também apresentou peças oversized, caimentos retos, folgados e que contribuíram para um toque de esportividade, principalmente pelo uso do nylon.
A Ellus, terceira marca a desfilar no dia, comemorou os seus 45 anos na passarela. Para isso, resgatou algumas peças icônicas da própria história. Além das clássicas jaquetas de couro e calças jeans da marca, o foco do desfile também estava na alfaiataria. Os recortes com aplicação de diferentes tecidos em uma mesma peça foi um ponto de construção interessante, com boas peças cambiáveis entre gêneros. O casting reforçou a diversidade com inclusão de modelos mais velhos e com a entrada de Rebecca Giobbi desfilando com os seios à mostra.
O tricot da Gig Couture trouxe um pouco das décadas de 70 a 90 para a passarela, seja pelo brilho ou pelas silhuetas características. Com babados, peças mais soltas e esportivas e looks inteiramente estampados a marca aliou técnica, inovação e apelo comercial.
O universo fantasioso de Lino Villaventura cedeu lugar a uma estética mais casual e grunge. A orientação por uma aceitação comercial generalizada pode ser uma das razões. O desfile começou minimalista, ou tão minimalista quanto Lino pode ser. Peças inteiramente brancas e bem trabalhadas abriram a edição. Street e sportwear deram o tom para as peças seguintes com muito uso de camadas e estampas gráficas em jaquetas, camisas e calças retas. Superfícies mais trabalhadas e com alto brilho fecharam o desfile.
Por mais comercial que tenha sido a orientação dos desfiles, deu para detectar um avanço em relação ao primeiro dia. A modelo free-the-nipple da Ellus deu o tom menos comportado para essa edição 43 da SPFW. Coube a Ellus, à maior presença de modelos negras e modelos de idades variadas a tarefa de sinalizar que a moda está atenta ao mundo ao redor. Tudo muito tímido. Ainda.
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