Terezinha Soares no Masp
O Masp sob comando do diretor artístico Adriano Pedrosa e com Rodrigo Moura e Camila Bechelany como curadores, engatou marcha acelerada no rumo de curadorias originais, de matriz brasileira e sintonia fina com o tempo presente. Tem sido assim quando volta as lentes para o passado, caso da oportuna e emocionante A mão do povo, ou quando revisita obras icônicas com olhar fresco, caso de Portinari, ou quando enfrenta a ideia de arte popular, caso de Agostinho Batista de Freitas, ou como agora, quando assume riscos de desbravador com a mostra sobre a artista mineira Terezinha Soares.
Se o risco é maior – a artista ficou longe dos radares nas últimas décadas e é desconhecida do grande público – os ganhos potencialmente também o são.
Hoje com 80 anos, e apesar de cultuada por especialistas e ter participado de bienais e mostras de peso, Soares é uma outsider do circuito. Produziu intensamente nas décadas de 60 e 70, enveredando por questões de sexualidade e feminismo em obras que envolviam ecologia, e experimentação radical, violência contra a mulher, maternidade e prostituição.
Carregando bandeira libertária ela operou com objetos, instalações, happenings e performances para compor obra que permanece tão visceral quanto no tempo em que foi produzida.
Não é a toa que o título da mostra é Quem tem medo de Terezinha Soares? Os mais conservadores com certeza ainda tem.
A mostra Inaugura um eixo temático sobre sexualidade, que reunirá vasta programação de exposições no museu paulista.
De 27 de abril a 06 de agosto de 2017.
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