O esperado desfile de J.W. Anderson na Pitti Uomo não foi exatamente aquilo que os entusiastas do trabalho dele esperavam. Um dos responsáveis por levar de forma convincente a implosão das fronteiras de gênero às passarelas, ele segurou a mão nessa participação na feira italiana.

Antes do desfile, Lapo Cianchi, diretor de comunicação e eventos da Pitti declarou: “Acima de tudo, somos atraídos pela criatividade e ecletismo de suas coleções. A forma como ele reinterpreta elementos da cena artística contemporânea e da cultura jovem, alternando o impacto emocional (volumes fora da escala, por exemplo) e as transgressões que são projetadas para antecipar o futuro deixando muito pouco espaço para a nostalgia, é muito interessante”.

Será que essa apresentação moderada, fresca e competente sem dúvida, mas em síntese uma coleção de ótimos básicos de verão, contraria as expectativas da própria Pitti Uomo? Provavelmente não. Mesmo com o pé no freio em relação aos desafios de lidar com a questão de gênero Anderson está sempre um tom acima. Basta dar uma olhada nas imagens para entender isso.

Ele lançou a J.W. Anderson em 2008 e logo alcançou grande sucesso crítico e comercial. A J.W. Anderson rapidamente se tornou conhecida como uma das marcas mais inovadoras de Londres.

Nos Estados Unidos, é comercializada na Barneys, Opening Ceremony, Dover Market Street e Jeffrey, entre outros. Na Europa Dover Market Street, Selfridges, Le Bon Marché e Printemps. Na Ásia, Joyce, Isetan, 10 Corso Como. Também se pode comprar pelas operadoras Net-a-Porter, Moda Operandi, Matches e Mr. Porter.

Na curta carreira, J.W. Anderson levou para casa uma série de prêmios de prestígio. Em 2013, o LVMH Fashion Group adquiriu participação na J.W. Anderson, apoiando o crescimento da marca. Logo depois, ele foi nomeado diretor criativo da Loewe. Tem um longo caminho pela frente este irlandês de trinta e dois anos.