Jogatinas na Hermès: marca elege ‘Let’s play’ como tema do ano

Jogatinas na Hermès: marca elege ‘Let’s play’ como tema do ano

1 de agosto de 2018 Moda 0

Festa da Hermès no Hôtel Salomon de Rothschild, em Paris. (Foto: Benoît Teillet)

A cada ano, a casa de moda francesa Hermès escolhe um tema que celebra sua visão criativa. Além de fornecer inspiração aos designers, a ideia é reforçar o estilo de vida adotado pela marca. O tema deste ano é “Let’s Play”, um convite para o lúdico e um incentivo à diversão.

A história dos Temas do Ano da Hermès começou em 1987, ideia concebida pelo falecido presidente e diretor-executivo Jean-Louis Dumas. O tema do primeiro ano, “Fogos de Artifício”, foi criado por Dumas para celebrar o 150º aniversário da Hermès e, desde então, tornou-se uma tradição na maison.

Em tempos de apatia mundial, cabe à proposta motivacional embutida no tema “Let’s play” (Vamos jogar!) reiterar a paixão da marca pelo movimento e pela imaginação.

Para dar forma à proposta, o baile no Hôtel Salomon de Rothschild  — uma mansão do século XIX a poucas quadras do Arco do Triunfo — foi ambientado como uma espécie de País das Maravilhas parisiense. O dress code era objetivo: “vista-se exageradamente”.

Festa da Hermès no Hôtel Salomon de Rothschild, em Paris. (Foto: Benoît Teillet)

Os convidados eram recebidos por atores sobrenaturalmente felizes. Mágicos excêntricos, anfitriões vilânicos, gorilas e um um par de esfinges de vaudeville recepcionavam celebridades e jornalistas transformando-os rapidamente em jogadores nas roletas e mesas de black jack.

Festa da Hermès no Hôtel Salomon de Rothschild, em Paris. (Foto: Benoît Teillet)

A uma curta distância de carro do Hôtel Salomon de Rothschild, no Musée des Arts Décoratifs, os convidados tinham a oportunidade de explorar o outro lado da Maison, a exposição “Margiela, les années Hermès”  sobre a colaboração  entre a Hermès e o designer belga Martin Margiela, que durou de 1997 a 2003. Originalmente apresentada na Antuérpia, em 2017, pelo MoMu, a mostra revela a mulher da Hermès imaginada por Margiela, em abordagem monocromática, corte vanguardista e rejeição à logomania e à padronização.

A contratação de um designer iconoclasta como Martin Margiela foi, na época,  uma jogada arriscada para a Hermès. Ao mesmo tempo, a escolha funcionou como uma afirmação do compromisso da marca com a vanguarda da moda e do design — habilmente manifesta pelo tema desse ano. Este jogo das imagens, a tradicional Hermès sabe jogar muito bem.

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