Aqua: a cor do futuro?
Na indústria da moda há uma acirrada corrida quando se trata do domínio da informação, sobretudo quando o assunto é cor. No fim do ano passado, a Pantone divulgou que a cor de 2019 seria o Living Coral — uma escolha arriscada, vindo de tentativas anteriores igualmente arriscadas. Para a WGSN, agência global de previsão de tendências, a cor de 2019 é outra, o Mellow Yellow.
Ao final de cada ano, a Pantone geralmente faz suas apostas de cor para o próximo. Mas com a WGSN é diferente, a agência induz a pensar no futuro algumas temporadas a frente, alimentando vários segmentos da indústria da moda. Atualmente, a WGSN opera em parceria com uma empresa especialista em cores, a Coloro; e é através dessa colaboração que sabemos, por exemplo, que a cor de 2020 é o Neon mint e o de 2021, pelo menos para eles, é o A.I Aqua.
Para quem pensa que a cor é apenas uma questão superficial, o controle que estas grandes empresas buscam exercer sobre ela prova que não é bem assim. De acordo com a WGSN, por exemplo, há implicações bem mais profundas e estratégicas.
Para a agência, em 2021, a tecnologia não será apenas sobre o que ela pode fazer, mas o que podemos fazer com ela. Assim, ela associa essa previsão com a cor Aqua, que invoca a relevância e a predominância do mundo digital, tornando acessíveis questões como Inteligência Artificial e realidade aumentada, comando por voz e o crescente mercado dos wearables, as tecnologias vestíveis.
Numa pesquisa recente sobre os tons usados nos maiores sites do mundo, a WGSN descobriu que o azul superou facilmente os outros e que tons dessa cor atingem uma popularidade disparada na internet, usados com destaque para questões que envolvem avanços tecnológicos.
Pelo visto, na moda, quem controla a cor, controla o futuro.
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