Olivier Theyskens e a história da renda em exposição

Olivier Theyskens e a história da renda em exposição

9 de outubro de 2019 Moda 0

Vestido de crinolina com detalhes em seda, 1865 (Foto: Julien Claessens e Thomas Deschamps, cortesia do Museum of Lace and Fashion)

Para comemorar seu 10º aniversário, o Cité de la dentelle et de la mode, também conhecida como Museum of Lace and Fashion (Museu de Renda e Moda) deu carta branca ao designer belga Olivier Theyskens para retomar peças históricas de sua carreira junto de peças icônicas de renda pela história da moda. Em uma exposição única, a mostra “In Praesentia” em cartaz até janeiro de 2020, revela-se um devaneio no qual as roupas ocupam o centro do palco.

A assinatura de Olivier Theyskens é incomparável, uma fantasia suntuosa equilibrada com rigor formal que é sempre marcada por uma morbidez romântica. Foi exatamente de um efusivo romântico na Rochas ao neo-gótico na Nina Ricci passando por uma visão contemporânea e fresca na Theory e retomando, quatorze anos depois, a marca homônima sob uma linguagem sofisticada e mais madura. Em todas essa passagens, a relação com a renda se fez protagonista — com sua primeiríssima coleção, em 1997, contando com fragmentos de renda Chantilly antiga coletada pela avó

Vestido de Olivier Theyskens, Spring/Summer 2002. (Foto: Julien Claessens e Thomas Deschamps, cortesia do Museum of Lace and Fashion)

Cité de la dentelle et de la mode fica localizado em Calais, cidade na costa norte da França que é conhecida por produzir rendas de todos os tipos: de Chantilly abundantemente detalhada ao tule francês mais leve que o ar. O museu, que está instalado na fábrica abandonada de renda de Boulart, recolhe instrumentos de séculos na fabricação de renda francesa: roupas, móveis e objetos efêmeros, incluindo as máquinas e ferramentas. Para exposição “In Praesentia”, Theyskens teve acesso a todo o arquivo do museu — em exibição ou não — para que tecesse uma narrativa entre passado e presente, entre seu trabalho e os inúmeros artefatos da coleção do museu. “A renda sempre me cativou, mesmo quando eu era muito jovem. Esse lado sexy das rendas como lingerie e como a maioria delas sempre estava escondida. Quando eu era criança, minha avó costumava colecionar pedacinhos de rendas antigas para mim e sempre as usei em minhas coleções. É uma experiência emocional”, conta o designer belga.

Vestido de Olivier Theyskens, Autumn/Winter 1998-1999. (Foto: Julien Claessens e Thomas Deschamps, cortesia do Museum of Lace and Fashion)

A exposição “In Praesentia” fica em cartaz até 5 de janeiro de 2020 no Cité de la dentelle et de la mode, na França.

 

 

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