Terminou dia 19 de abril o Salone Internazionale del Mobile de Milano. A Radar acompanhou passo a passo a movimentação e traz este especial para você. Esta edição recebeu quase meio milhão de visitantes, metade deles estrangeiros, e um número significativo de brasileiros para ver algo em torno de 1500 expositores divididos no Salone Internazionale del Mobile , o Salone Internazionale del Complemento d’Arredo, o Eurocucina, o Salone Internazionale del Bagno o Salone Satellite . Além das inúmeras exposições que aconteceram em torno, engrossando o Fuorisaloni e configurando a Città dei Saloni, ou a Cidade dos Salões, que é como Milão é conhecida durante o período em que as exposições ocorrem.

Atendendo ao chamado de Todos à Mesa, ou Tutti a Tavola, quem compareceu à abertura do Eurocuccina foi convidado admirar pinturas com cenas de pessoas à mesa e naturezas mortas do acervo da Pinacoteca de Brera, além de instalações de artistas contemporâneos. Tudo girando em torno do assunto alimento e seus rituais.

Aqueles que foram ver a abertura do Salone del Bagno, batizada de Um banho Celestial deu de cara com projeções espetaculares. Pinturas clássicas, mais fotos e still de filmes do começo do século XX tomaram conta do céu fake de planetário só para anunciar o salão.

 A natureza deu o tom de boa parte das propostas no Salone del Mobile, uma aposta nos têxteis em fibras naturais e na presença absoluta da madeira. As formas orgânicas contribuíram para acentuar a inclinação pelo primitivo evocando o design vernacular. Algo que já havia sido apontado em Salões recentes, particularmente o de Estocolmo.

A forma despojada, os acabamentos pouco ostensivos e a delicadeza dos objetos, em associação direta com formas naturais. Imagens: cortesia Salone del Mobile.