Ritmo pandêmico: a nova relação do audiovisual com a moda
Durante a pandemia, o cinema firmou mais um voto de relacionamento com a moda. E o audiovisual se tornou a saída encontrada tanto para comunicar como para propriamente fazer roupa.
Do último ano para cá, a lista de parceria entre cineastas e maisons foi de peso: vai do Xavier Dolan para a Prada ao Gaspar Noé para a Saint Laurent, passando por um curta dirigido por Luca Guadagnino em colaboração direta com a Valentino.
De fato, 2020 foi considerado o ano de ressurgimento do fashion film — o tal filme de moda, que não pertence a nenhum gênero oficial: não é bem um filme publicitário, não é um longa, mas talvez um desdobramento do gênero curta-metragem com algumas particularidades.
Como tudo rapidamente precisou migrar para o online, as semanas de moda também se tornaram eventos virtuais. E o filme de moda, por sua vez, ocupou o espaço do desfile, investido da missão de exibir não só as roupas, mas um universo inteiro de criação.
Nesse cenário, fica até difícil dizer o que é real e o que não é. A Balenciaga, por exemplo, através de alta tecnologia, desenvolveu filmes de moda com cenários digitais que combinam personagens fictícios com as roupas físicas da marca.
Dentro da estratégia de comunicação das marcas, o audiovisual ganhou protagonismo. E se o ‘fashion film’ ainda não era uma realidade, passou ligeiramente a ser. Através desse recurso, é possível apresentar um produto com mais precisão e intimidade. Além disso, também é um desafio super bem-vindo para inovar e buscar novos formatos para comunicar moda. A ideia pode não ser nova, mas há ainda muito para ser explorado.
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