Obrist entrevista Wim Wenders em Veneza
Enquanto corre a Bienal de Arquitetura em Veneza, o Hans Ulrich Obrist aproveita para adicionar mais ótimas entrevistas ao seu extenso acervo, e o cineasta Wim Wenders acaba de entrar para a lista. A conversa com Wenders correu solta e fácil. Segundo o diretor, sua geração estava muito longe dos mestres alemães do passado, como Fritz Lang e Murnau. “Aprendi muito mais com a pintura do que com a fotografia e o próprio cinema” revela. Ele cita o enquadramento na pintura “framing is a very moral act” e particularmente os pintores holandeses Vermeer e Rembrandt como mestres. Só mais tarde, quando já estava fazendo cinema, ele teria se aproximado da obra de Nicolas Roeg e Samuel Fuller, que ele chama de “rebeldes de Hollywood “. Acima de todos os mestres do cinema estaria o japonês Yasujiro Ozu. Em outra passagem, esta instigada pelo Obrist, o pintor americano Edward Hopper entra na conversa e Wenders sublinha o enquadramento genial e a atitude romântica de Hopper, um pintor figurativo quando Pollock já fazia o que fazia. Vale a pena ver o video, anexado logo abaixo. Para saber mais sobre o Hans Ulrich Obrist e seu projeto de entrevistas, parte dele publicado no Brasil pela Editora Cobogó, veja o post aqui na Radar. A primeira imagem é da entrevista, gentilmente cedida pela Bienal de Veneza.
Esta é de um quadro de Hopper.
Compartilhe a sua opinião!
Seu e-mail não ficara público. Campos requeridos estão marcados com *