Minas Trend ajusta calendário nacional
Durante toda a última década, os lançamentos de coleções eram disparados dois meses antes das datas tidas como oficiais. No caso do invermo, em outubro já era perceptível o frisson dos compradores nos show rooms do país, cheios de apetite pelos lançamentos antecipados. Apesar do barulho grande, demorou-se e muito a assimilar a nova realidade. A esta altura, isso é coisa do passado, e o que era antecipação não é mais que a coisa certa na hora certa, com o Minas Trend Preview assumindo a liderança no calendário. Bom para ele, melhor para o mercado. Acima, desfile do Rogerio Lima.
A edição que terminou sábado passado reuniu mais de duas dezenas de grifes nos desfiles, mais de uma centena delas no salão de negócios e agitou o mercado e a cultura de moda na capital mineira. Na imagem acima, vista da exposição que o Ronaldo Fraga montou no Palácio das Artes. Costurando memórias em torno do Rio São Francisco, cutucando a ferida da degradação ambiental, e na contramão da política de transposição das águas do velho Chico, ele atraiu tanto público e jornalistas quanto a rodada de desfiles e negócios.
A presença de marcas especializadas em acessórios, calçados e bolsas impõem uma necessidade particular ao Minas Trend: dar solução a desfiles com produtos que ocupam área menor e se ressentem com a predominância visual da roupa. A Cláudia Arbex pintou as garotas de preto e liberou a anatomia para mostrar colares enormes . Funcionou. Barroco e preciosismo deram o tom da edição.
Que também teve retrô na passarela. O Rogerio Lima apresentou bolsas estruturadas e engenhosas, atreladas á tradição e renovadas pelo humor e funcionalidade requintada.
Raízes culturais povoam o imaginário dos criadores mineiros. As Meninas de Sinhá se deixam levar e levam com elas o público no desfile-manifesto em favor da arte popular no desfile da Mary Design.
Hora de preparar as malas para Rio e São Paulo.
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