É uma raridade parecer contemporâneo na moda masculina sem precisar se valer da feminina. O Alexandre minimiza quase que inteiramente a possibilidade de embaralhar gêneros para encher a passarela de virilidade e drama. A coleção parte de uma roupa de sobrevivência,  pronta para enfrentar condições extremas em momentos pós catástrofes ambientais. E tome máscaras, óculos escuros, tecidos de proteção e coturnos pesados, que sustentam uma alfaiataria inventiva, com calças soltas do corpo, casacos protetores e muito preto, em apresentação de grande impacto. Asssim como tantos, quero comprar o Alexandre, mas os preços estão tão dramáticos quanto o cenário que ele visualisou para este desfile. Para ser justo, o problema não é só dele. Nem é uma apreciação local. Conversei com vários estrangeiros nestes dias de fashionweeks, todos de cabelo em pé com o custo da moda Brasil. Imagem: Agencia Fotosite.