O Relicário de Vik Muniz
Trinta trabalhos do Vik Muniz estão no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Alguns tem cerca de 20 anos, outros foram planejados tempos atrás e executados só agora. A mostra se chama Relicário. Na foto acima: Museum.
Depois da onda que colocou artista no centro das atenções, da abertura de novela da Globo ao documentário no Oscar, esta é uma boa oportunidade para ver o Vik Muniz em tom menor, com objetos e fotografias sem a grandiosidade das obras do Lixo Extraordinário e ainda assim bastante esclarecedoras sobre como ele pensa e dá forma às suas idéias. Na imagem acima: Deflated soccer ball, ou Bola murcha.
“Interessam-me espaços onde a lógica e o senso comum falham, criando oportunidade ao público para novas experiências”. As palavras são dele e é possível acrescentar que há sempre algum humor e ironia no processo de recriação de objetos cotidianos, aos quais ele imprime uma outra significação. Na imagem acima: The history of accidental iconograph.
A produção de Muniz tem muito do princípio de apropriação da obra de outro, e se ele costuma buscar no lixo a matéria busca na história da arte o signo e a referência. O maneirismo presente nas obras em grandes dimensões, elaboradas com virtuosismo, transparece de outras formas neste objetos menores, onde a literalidade da idéia esgota rápidamente a apreciação. Nas imagens acima: Lei da probabilidade, Dollarock, e crânio com nariz de palhaço.
De terça a domingo, das 11h às 20h
Até 24/4
Instituto Tomie Ohtake – Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés)
Entrada franca
Informações: 11 2245-1900
Fotos: divulgação.
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