O melhor dos desfiles de Milão
Milão, como se sabe, é a semana que encarna as tendências da hora. Para o verão, de acordo com o que rolou por lá, é hora de apostar em vestidos, sob o signo da feminilidade clássica. Se a Europa avista uma crise no horizonte, a moda responde com um statement de leveza e excelência esbanjando qualidades atemporais.
Tem um quê de african mood na geometria e na modelagem da Alberta Ferretti, outra marca a lidar com a dicotomia artesanal/industrial e que investe pesado nos vestidos leves.
A D&G recupera o fôlego perdido nas estações passadas e faz coleção atraente, usando estamparia de lenços do catálogo da marca principal, a Dolce & Gabbana. Pena que seja a última coleção da segunda linha de Domenico Dolce e Stefano Gabbana.
A marca ora carrega na silhueta vaporosa, encimada por decotes generosos, ora ajusta o desenho ao corpo, em peças cobertas por tomates cebolas, beringelas e outros clássicos da cozinha mediterrânea. Dolce & Gabbana revisita as origens.
Evocando a Jazz Age e a Arte Deco da arquitetura de Nova York, a Gucci comemora 90 anos cortejando de perto originais dos anos 20 e exibe feeling noturno em bons vestidos de cintura baixa e materiais sofisticados.
Aliviando na naftalina e com fino senso para o cruzamento de estampas e materiais, a Marni se apóia em formas clássicas, bem definidas, e faz bonito em Milão.
Com leveza, a Prada faz recorte inspirado dos anos 50 e põe na passarela figuras ultra delicadas. As particularidades, que são parte inseparável desta marca influente, comparecem no uso do couro e de imagens de automóveis, insuspeitadamente associados ao mundo feminino.
A coleção que Raf Simons desenhou para a Jil Sander sintetiza algo que muitos perseguem e adotam na estação: um retorno à qualidade e um tributo a clássicos do guarda roupa feminino.
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