Fundada em Weimar por Walter Gropius há exatos noventa anos atrás, a Bauhaus é a grande escola da modernidade do século XX. Basta uma olhada no currículo, ambiciosamente interdisciplinar, unindo arquitetura, design, e arte, para entender o abalo que ela causou sobre o pensamento da época. Em 1933, depois de durar apenas 14 anos, a escola sucumbiu a pressões políticas conservadoras. O momento é como um preâmbulo de mau agouro para a escuridão em que mergulharia a Alemanha nos anos seguintes. Mas não ficou por aí o impacto da Bauhaus. A utopia racionalista de criação de objetos utilitários com atributos artísticos, em busca da acessibilidade universal, mudou a forma de se pensar a produção industrial e de se relacionar com os objetos. Três grandes instituições culturais alemãs, e o MOMA de Nova York, se juntaram para dar forma à maior retrospectiva já feita sobre a Bauhaus, com quase mil objetos em exposição. Abriu dia 22 de julho em Berlim e vai até 04 de outubro. Em cima à esquerda, o time de professores: Josef Albers, Hinnerk Scheper, Georg Muche, László Moholy-Nagy, Herbert Bayer, Joost Schmidt, Walter Gropius, Marcel Breuer, Wassily Kandinsky, Paul Klee, Lyonel Feininger, Gunta Stölzl, Oskar Schlemmer. Em baixo à esquerda cadeira de Marcel Breuer. À direita, Gropius em frente ao seu projeto da Chicago Tribune Tower, de 1922.