Rosangela Rennó e Beatriz Milhazes em Portugal
Abrindo a agenda cultural do ano Portugal-Brasil, duas artistas brasileiras com obras bastante distintas se apresentam simultâneamente no Centro de Arte Moderna de Lisboa.
Rosângela Rennó – Apesar de trabalhar com a fotografia Rosangela não é uma fotógrafa. Ela coleta imagens de procedências variadas para reapresentá-las sob outra perspectiva. A extensão do seu interesse é grande, vai de fotos familiares a cenas de violência e retratos de prisioneiros e a abordagem é política, é social e é também conceitual. Além de reconfigurar um universo de imagens existentes, tratadas como uma espécie de objet trouvé, o trabalho dela aborda a imagem fotografada como forma de normatização, encosta nas questões de autoria e, particularmente nos trabalhos em vídeo, fragmenta ou dilata narrativa.
Rosangela Rennó – Frutos Estranhos – De 17 de Fevereiro a 06 de Maio 2012
Beatriz Milhazes – A artista carioca opera com motivos florais, transformados em intrincadas composições decorativas e geometrizadas, para realizar pintura exuberante na cor e de forte sotaque pop. Nas palavras dela: ” O que caracteriza a minha obra é a liberdade com que diferentes conceitos, imagens, cores, abstração e figuração são combinados, tudo em quadros bastante geométricos e racionais. A minha forma de trabalhar faz uso de uma liberdade ordenada.»
Beatriz Milhazes – Quatro Estações – De 17 de Fevereiro a 13 de Maio 2012
A curadoria de ambas as mostras é de Isabel Carlos
Na primeira imagem e nas duas acima, parque e edificações da Fundação Calouste Gulbenkian, hoje e na época da inauguraçao, 1969, onde fica o CAM.
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