“A cópia das coleções internacionais, fonte rápida, barata e eficiente de informação, substituiu, de forma perversa, os investimentos na formação e contratação de pesquisa e designers, deixando pouco espaço para acolher o negócio criativo, através do qual a indústria pode se renovar. Como é impossível desconsiderar que o direcionamento dos negócios de moda é ditado pela novidade, mercados que não se exercitam na originalidade das criações não influenciam a formação do gosto nem estão preparados para antecipar suas oscilações. Consequentemente, não controlam os fluxos futuros da produção, negligenciando uma ferramenta poderosa, sabiamente manipulada por outros países produtores com maior experiência no assunto.”

A partir de idéias assim, que demarcam uma tomada clara de posição em relação às políticas da moda brasileira, somadas a cases relacionados à moda como atividade criativa, o consultor Eduardo Motta, aqui da Radar, é um dos palestrantes na Semana de Moda do Ceará, a Dragão Fashion, convidado pelo Senac CE, que abre dia 09 de abril. Eduardo fala no dia 10.

Na imagem, obra do artista inglês/nigeriano Yinka Shonibare.