Osklen é natureba e sci fi na São Paulo Fashion Week
Sabe-se que os tecidos dessa coleção Osklen não são o que aparentam. O linhão, a juta,o crochê e o neoprene, em misturas que não deveriam, mas funcionam, podem não ser nada disso. Talvez o couro metalizado, o gazar e o atoalhado também não sejam. De toda forma, saí agora da sala de desfile e foi isso o que meus olhos viram. Como informação adicional, e que extrapola a experiência direta com a coisa, fico com a que me diz que todos estes tecidos são resultados de procedimentos que respeitam critérios de desenvolvimento sustentável.
Vamos ã coleção. Antes de mais nada, ela é praiana como nunca. e vai se alternando na edição do desfile entre o natural e o artificial, entre o modesto e o ambicioso, e todo o tempo não aparenta a menor preocupação de reinventar a silhueta. Em primeiro lugar, como já deu para perceber, estão os materiais.
Os variados tecidos, de pesos e aspectos diferentes, se arrumam harmoniosamente uns com os outros. Também há momentos solo, em que apenas um deles é protagonista, caso do neoprene, encorpado e leve, em looks monocromáticos.Há muita sensibilidade investida nessas relações.
Em seguida, a atenção vai para o corte, para o desenho da barra que é mais longa atrás, por exemplo. Com boas proporções, a Osklen dá solução para algo que todo mundo tenta fazer, mas que raramente rende bom resultado. Daí para frente, há uma sequência de discretas invenções na forma, quase sempre respeitando o caimento do material. Tudo fácil, leve, de proporções racionais e espantosamente usável. Digo espantosamente porque Osklen na passarela costuma ser experimental. Dessa vez ela é apenas delicadamente bonita, despreocupadamente contemporânea, e agradável e suave como uma brisa de verão.
Fotos: Agencia Fotosite
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