A moda do 3º Brasil Eco Fashion Week
Não é nenhuma surpresa o crescimento da Brasil Eco Fashion Week. Bem organizada e alinhada com o que há de mais pertinente nos rumos futuros do setor, o que era apenas + um evento ambiciona e conquista a condição de fashion week. Propriedade e vontade não faltam ali.
O formato feira de negócios, rodada de conversas, palestras e desfiles não é novo, nem tem de ser, o que importa é que o conteúdo se distancia de outras semanas de moda pelo alinhamento real com as questões de sustentabilidade. Só marcas comprometidas de verdade com o o assunto ganham espaço na BEFW. Outro ponto importante é que ao mirar em novos horizontes do setor, a BEFW identifica e atrai criadores novos, ajudando a revitalizar a congestionada veia criativa da moda nacional.
A BEFW não manipula o interesse pelo tema tratando-o como mera ilustração, e isto é o trunfo desse novo player.
Além das 52 marcas vendendo produtos em dois andares da Unibes, das 08 marcas no Espaço Amazônia, das 06 dedicadas à beleza natural e dos mais de 5 mil visitantes, 19 desfiles encorparam os números. Como ponto comum, e como era de se esperar, predominam os tecidos e os tingimentos naturais, as cores leves, com rosas, verdes e azuis lavados, e os terrosos claros. Nessa linha, a gaúcha Nuz apresentou uma sofisticada variação de peças fluidas de inegável domínio técnico nos desenhos bem recortados e modelados.
As formas definidas pelo conforto, pelo movimento e pela liberdade do corpo são constantes. O que surpreende é o repertório expandido sobre esta base previsível.
Essa linha de roupas que evita a artificialidade reduz, em tese, seu próprio vocabulário, mas há ótimas soluções de modelagem, de recortes, proporções e volumes entre as coleções apresentadas.
Também há espaço para experimentação e imagens fortes, caso da coleção do Leandro Castro. (Imagem que abre este post).
A coleção de We´e´ena, única designer de roupas indígena atuante na cena comercial, chamou a atenção.
Selecionamos imagens de algumas coleções. Acompanhe.
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