Alta costura: Martin Margiela é hábil em reciclar
Precursora quando o assunto é reciclagem, a Martin Margiela decupou e remontou vestidos, objetos e acessórios dos anos 20 para fazer coleção de alta costura. Com os ingredientes devidamente processados pela experiente e irreverente equipe da casa, o resultado tem algo de soft punk. Oscila entre o leve e o intimidador. Tem também aquele gosto que é contemporâneo e é atemporal. Mérito da marca, que não se incomodaa em deixar interpretações em aberto. Sob a aparente despretensão das roupas destas imagens, tudo que está aí, na real, é muito complexo. Uma infinidade de trabalho e inúmeros bordados foram empregados para criar os efeitos de estamparia. O mesmo esforço criativo foi investido para redimensionar os diversos planos e volumes que as peças originais sugeriam. A Margiela opera no difícil e é interessante exatamente por isso.
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