De elaborados graffitis a pichações, há todo tipo de interferência urbana. Estas, do espanhol Spy, operam com alterações na percepção condicionada pela vida nas cidades. O que você vê sempre, mecanicamente, é modificado. Não é mais o que era, mas uma espécie de comentário sobre o que já foi, que passa a ser diferente pelo deslocamento da sua condição original. São trabalhos ligeiros, no sentido estrito da palavra. Lidam com o tempo de percepção curto da mensagem publicitária. Você passa, vê em movimento e é esta a extensão do contato com o novo significado dado. Também são trabalhos ligeiros no sentido de que não permanecem. Estão entregues ao abandono: tem autor mas não tem dono. Por último, são ligeiros porque não são mais do que o raso ou fugaz  que são. E isto nem é juízo de valor.