ARTE NA VITRINE
Há algumas semanas, um tom de amarelo-semáforo irrompeu sobre a Madison Avenue, em NY. Uma instalação de humor vibrante, assinada por Sterling Ruby, passou a contrastar com os pilares cinzentos do prédio que abriga a clássica loja da Calvin Klein no endereço. A marca está passando por uma dupla renovação: a recém chegada de Raf Simons na direção criativa e a reforma do próprio prédio.
A parceria com o artista veio a convite de Simons, empenhado em demarcar os novos rumos da casa e a reconstrução do estilo da CK — dessa vez, com forte adesão do american way of life. Ruby tratou de reforçar o clima de transformação e provisoriedade com andaimes e outros elementos que sugerem espaços em processo de reforma.
Raf Simon aponta para o futuro fazendo um gancho com o passado: em 1996 Dan Flavin já havia feito uma instalação no mesmo endereço.
Também em NY, a Tiffanys fechou parceria com a Whitney Biennal e escolheu cinco artistas para criar obras de arte de edição limitada destinadas as atraentes vitrines da flagship da marca na Fifth Avenue. O mesmo aconteceu no final da década de 1950, quando o designer de vitrine da Tiffany, Gene Moore, recrutou os pintores Robert Rauschenberg e Jasper Johns para criar exibições dramáticas para a casa de jóias.
Do outro lado do Atlântico, no ano passado, Dries Van Noten convidou Gill Button — que já havia feito ilustrações para Gucci e para as coleções do próprio Dries — para fazer gravuras que foram parar nas vitrines da marca, em Paris.
A lista de colaborações é longa. E ajuda a dirigir o foco para uma estratégia antiga, mas que permanece com potencial de reforçar identidade de marcas como poucas.
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