Bienal 2 / Juan Downey
Um recorte apressado pode dar a idéia de que o trabalho deste chileno que viveu em Nova York, é um dos precursores da vídeo-arte, e morreu em 1993, concentra-se no documentário etnográfico, mas não é este o foco do artista. As longas temporadas entre tribos amazônicas renderam a série Trans Americas e imagens tão expressivas, também sob esta perspectiva, que alimentam a leitura. Downey, na verdade, subverte o tom documental pela identificação subjetiva e cultural com os seus objetos de interesse. A foto de um índio Yanomani e uma obra de arte são submetidas ao mesmo escrutínio provocativo, que desmonta estratificações da cultura ocidental a partir da busca do artista pelas próprias origens, em uma aventura entendida como construção da identidade. Tem trabalho dele na Bienal do Mercosul, na mostra Biografias Coletivas, curada pelo Camilo Yáñez.
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