Bond, James Bond
Entrei no cinema para para ver a quantas anda o espião cinquentenário James Bond. Este filho da década de 60, dessa vez dirigido pelo Sam Mendes e ainda na pele do Daniel Craig, é obrigado a enfrentar um vilão do calibre daquele que se espera do ótimo Javier Bardem. De quebra Judi Dench ainda está lá, e também estão em cena os talentosos Ben Whishaw e Ralfh Fiennes. O filme repete o esquema da abertura com cenas alucinantes, daquelas em débito com a estética original e mescladas a efeitos gráficos. A passagem dos créditos é sublinhada por voz feminina envolvente, dessa vez a da Adele, que se não me agrada no dia a dia, passa muito bem ali na situação. Entre tiroteios e reviravoltas da trama, vestindo smokings impecáveis e rodeado de mulheres tão atraentes quanto perigosas, o personagem ressurge humano, muito humano na aventura batizada de Operação Skyfall. Falta fôlego ao Bond de Sam Mendes, não como personagem, mas literalmente. O espião se debate com a consciência da própria idade, é reprovado nos exames de condição física e psicológica, vê personagens mais novos surgirem a toda hora e vai a campo correndo atrás do prejuízo. Podemos ficar tranquilos, apesar de tudo ele se sai bem. Entretanto, no caminho que leva o atual diretor a atualizar este mito da virilidade no cinema, há espaço para uma cena singular. Logo no início do filme, amarrado a uma cadeira e nas mão do insidioso Barden, ele se vê sexualmente assediado. Sutil mas incisivo, o vilão sugere que “para tudo há uma primeira vez”. Bond retruca ” e quem disse que seria a primeira vez?”. A partir daí o filme se desenrola entre os sopapos e as perseguições esperadas, mas o personagem aporta, definitivamente, no século XXI. Diversão garantida.
Para dar mais sabor ao assunto, aí estão algumas capas do livros da série, todos eles editados pela Penguin. Veja.
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