CARLOS MOTTA LEVA DISCUSSÃO DE GÊNERO PARA A BIENAL DE SP
Quando se trata de discutir os direitos LGBT, o artista multidisciplinar Carlos Motta tem muito a dizer sobre o assunto. Ele baseia-se na história política para criar narrativas que recuperam histórias suprimidas de comunidades, de identidades e ideologias. O trabalho dele foi exibido no Museu Guggenheim, MOMA / PS1, Instituto de Arte Contemporânea, em Filadélfia, Museo de Arte del Banco de la República em Bogotá, entre vários outros.
Em 2012 apresentou “Nós que nos sentimos diferentes”, no New Museum, NY, explorando a ideia de “diferença” sexual e de gênero de lésbicas, gays, bissexuais, interssex, e da comunidade gay trans através de uma série de esculturas, gravuras, fóruns interativos e uma instalação de vídeo com base em 50 entrevistas com acadêmicos, artistas, políticos e pesquisadores. Motta não trata apenas de tolerância ou intolerância, ele mira em ideias que preveem integralmente a liberdade pessoal.
Em Deseos, vídeo de 32 minutos de 2015, vozes reproduzem o texto de cartas trocadas entre Martina, um hermafrodita colombiano da era colonial, e Nour, uma mulher lésbica libanesa. “Há muitas prisões neste mundo”, escreve Nour em uma de suas cartas para Martina. Verídicas ou ficcionais? Seja como for, o público começa a entender as narrativas centrais, atemporais e desterritorializadas, como um relato do instinto humano para destruir e controlar a vida daqueles que não de alguma forma não se encaixam.
Motta é um dos artistas da 32ª Bienal de SP.
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