Um terno é um terno, dizem os conservadores, algo quase imutável desde que foi inventado. Bobagem. Ternos evoluem sem parar e as semanas de moda masculina de Milão e Paris posicionaram-se como um laboratório de experiências para este clássico que é mesmo bem comportado, mas nem tanto. Acima Bottega Veneta.

Sobre corte impecável e proporções contemporâneas a marca italiana entra com estas áreas de cor criando efeitos óticos que parecem deslocar ou superpor peças e detalhes. Muito bom.

A contravenção que na Bottega é mantida sobre controle, corre solta no modelo Walter Van Beirendonck. O recurso é o mesmo, mas as semelhanças param por aí.

Para Yves Saint Laurent a trasnsformação é sutil, envolve misturas de materiais e outras peças em clima sombrio e sofisticado. Note que os paletós têm vinco até nas mangas.

Alterando a peça inferior, Raf Simons e Kriss Van Assche mudam as regras do jogo, com bermuda afunilada para o primeiro e calça ampla e curta para o segundo.

Também é possível estampar tudo, escolha de Mihara Yasuhiro e da Alexander McQueen.

Ou pegar pesado na alteração da silhueta, totalmente redesenhada por Tom Browne. Exageros de passarela à parte, o que definitivamente não dá para fazer é reclamar da suposta mesmice dos ternos.

Imagens dos desfile Inverno 12 /13 europeu: wwd.com