Damien Hirst
Da explosão na Sensation, mostra de 1997, até hoje, Damien Hirst realizou muito. E ficou famoso pela obsessão com a morte, expressa nos animais fatiados boiando em formaldeído. Nos últimos anos sua obra atingiu preços estratosféricos e Hirst abraçou o lucro proveniente de obras de arte com voracidade maior, e elegância e consistência conceitual menor, que um Andy Warhol. Nas imagens acima, os animais em fatias e a Kate Moss que ele concebeu para a capa da revista Tar.
A última investida de Hirst consiste em retomar a pintura, uma técnica tradicional, e instalar 25 telas na Wallace Collection, um expaço de exibição mais vinculado à arte do passado. Hirst defende que este deslocamento da contravenção contemporânea para o stabilishment histórico seja algo significativo. Ele subestima o fato de que o movimento contrário, quando as vanguardas dessacralizaram a arte instalando-a na vida ordinária ao longo do século XX, já pressupunha seu oposto. Para um artista da estatura dele a idéia soa escolar. Mais grave é que as pinturas não estão nem de longe à altura do que ele já fez no passado. Fotos gettyimage
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