Há quase três meses atrás, no desfile do Verão 2012,  Miuccia Prada colocou na passarela essa mistura de garotas e carros.  Para carregar na aposta de juntar  mundos tão distantes ela intensificou a literalidade da coisa: as garotas não poderiam ser mais doces, mais donas de casa, embaladas pela estética dos anos 50 e forradas de tecidos plissados e rosas.

Os carros por sua vez entraram em cena como são, reproduzidos realísticamente em detalhes tridimensionais ou estampados com traços de época. Estranha pelo fato de não ser usual, a mistura é igualmente óbvia ao considerar o olhar masculino e reunir dois dos maiores interesses dos rapazes em um ponto só. A nostalgia pela rebeldia rocker,  que vem com o pacote, só torna mais atraente a receita. Agora que a Prada já fez, espere por idéias assemelhadas e prenda a respiração, pois são poucos aqueles que conseguem lidar com propostas disparatadas e acertar a mão.

Os acessórios, particularmente os sapatos incopiáveis, são um caso à parte.

As imagens são da divulgação da Prada.