Inverno 2013 e o decor destemido
Asssim que a temporada de inverno teve início, em Londres, algo chamava a atenção no desfile da Burberry. Sobre peças casuais Christopher Bailey havia aplicado grandes arranjos decorativos, e ele também havia introduzido laços e jabôs sobre a modelagem, mixando a praticidade urbana da marca com alguns elementos ornamentais.
Poucos dias depois, em Nova York, Dianne Von Furstenberg colocou na passarela alguns looks recobertos por enormes apliques.
O lance seguinte ficou por conta da Dolce & Gabbana, em Milão. É fato que a marca italiana já transita por esta trilha que leva até a exuberância, mas nada que se compare a estas superfícies enriquecidas por vistosas flores douradas.
Também em Milão, a Prada que é mais cerebral que sensorial, rendeu-se aos apliques avantajados ordenando-os de acordo com o corte da modelagem.
Em Paris, o trem que levou as garotas para a passarela da Louis Vuitton (literalmente) e a coleção para o tempo em que a marca veio ao mundo, abriu passagem para o decor destemido e excessivo.
A Lanvin aderiu à causa e saiu em defesa da ornamentação desmedida com a habitual competência.
O que temos aí é algo que podemos chamar de tendência. Então vamos aos apliques grandes distribuídos ao gosto de cada um sobre a roupa de quem pode arcar com o custo deles. Não há dúvidas de que rendem belas imagens, mas se a pergunta é de onde isso vem, no momento só me ocorre que, de acordo com algumas teorias que acompanham a moda e o comportamento humano já de longa data, em períodos de crises econômicas tamanha opulência é resultado delas. Imagens acima e abaixo também do desfile da Lanvin.
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