J.W. Anderson faz bem à moda
Se alguém ainda alimentava alguma dúvida sobre a relevância do J. W. Anderson para a moda atual, o desfile em Londres deve tê-la eliminado definitivamente. Em primeiro lugar pela capacidade dele de orquestrar referências tão diferentes como Anne Lebowitz, Keith Haring e jogos Olímpicos. É preciso dizer que misturas, no caso dele, não soam gratuitas, nem tampouco as partes parecem rebeladas. Acomodam-se para render uma assinatura visual que vai se tornando inconfundível a despeito da diversidade.
Outro ponto importante para registrar a relevância do designer é aquela vocação aparentemente natural para se posicionar na vanguarda e ainda assim criar hits. Esta capacidade não escapa aos business mens and womens do setor, com certeza.
É com extrema habilidade que ele dá unidade a looks colados ao corpo e outros de enormes mangas bufantes, ao uso delicado da renda e estampas ruidosas, à extravagância e a peças desejáveis. Sabe-se lá como. É talento que faz isso. O projeto comercial, a engenharia de produto e os rumos que a carreira do rapaz deve tomar, com certeza vêm depois. São decorrentes.
Faz bem para moda atual que ele exista.
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