LAB na SPFW: A rua é nóis!
A marca do rapper Emicida e do produtor Fióti foi generosa com a SPFW e com este “mundo onde o nêgo assusta“. Debutando na moda, vieram pra cima e vieram com tudo. A trilha, como era de se esperar, não era só para criar climão. Era discurso e manifesto.
Poética, “as pessoas são como as palavras, só têm sentido se juntas”, social, “a rua é nóis”, a LAB “encheu de preto a passarela”, de modelos GG, vestiu o sempre elegante seu Jorge com uma enorme saia plissada e deixou o branco em minoria no casting.
A gente está querendo mudar o quê? O calendário? A forma de comprar? Emicida quer dar um jeito é nesse mundo torto. Na polícia que prende e arrebenta. Na miséria que cerca o Ibirapuera, a São Paulo dos Jardins e o país.
Levou as bandeiras para a passarela (outro palco não é?) e soube aproveitar.
No comando da roupa propriamente dita, João Pimenta foi mixando moda das ruas com japonismos em escala ampliada e deu tudo certo. Muito certo.
“Negro, branco, homem, mulher, gay, gordo, magro, o importante pra gente é a rua, é quem anda por aí de verdade” João Pimenta
Enquanto isso, Emicida disparava no microfone
“Tô prá falar esse bagulho procêis há 400 anos”
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