Instalação Taquara, dos Irmãos Campana. (Foto: Divulgação)

Quando arquitetura vira pauta de uma conversa, é difícil não citar Le Corbusier. O suíço está entre os arquitetos mais importantes e reverenciados do século XX. Pioneiro do movimento modernista e um dos principais influenciadores teóricos da arquitetura de todos os tempos, ele é tema da ambiciosa exposição “Experimentando Le Corbusier — interpretações contemporâneas do Modernismo” com inauguração neste sábado (16) no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo.

Com curadoria de Pierre Colnet e Hadrien Lelong, da Cremme – Editora de Mobiliário, a mostra permeia o pensamento de Le Corbusier para além do perímetro da arquitetura, promovendo também uma reflexão sobre o modernismo no Brasil e reunindo artistas, designers e arquitetos brasileiros  que revivem a experiência do pensamento revolucionário do arquiteto franco-suíço, mantendo vivo seu ideário.

Uma conversa entre o premiado arquiteto paulista Paulo Mendes da Rocha e Catherine Otondo inspira as ilustrações de Alexandre Benoit. Noções como si-metria, perspectiva, movimento e composição são abordadas pelas obras dos artistas Carla Chaim, Lucas Simões e Ivan Padovani.

A cobertura do apartamento, feita por Le Corbusier para Charles de Beistegui, é reconstruída no meio da Esplanada dos Ministérios. Trabalho feito pelo AR Arquitetos – Planorama (Foto: divulgação).

Estarão expostas peças da Oficina de Marcenaria elaboradas em parceria com o  Instituto Leo, que propôs a releitura do modernismo por meio da concepção de móveis inspirados nas obras de Le Corbusier. Os Irmãos Campana completam o corpo de designers, ocupando o jardim do Musem com a Instalação Taquara.

“Nos trabalhos expostos, temos um desafio às várias disciplinas que se entrecruzam nos campos do design e da arquitetura, permeados pela experimentação técnico-artística. Uma oportunidade para observar a diluição de suas fronteiras, cada vez mais tênues, na contramão do mundo das especializações”, comenta Giancarlo Latorraca, diretor técnico do MCB.

Os curadores também convidaram um time de escritórios brasileiros formado por Aleph Zero, AR Arquitetos, Bloco Arquitetos, FGMF, Gabriel Ranieri, Pedro Ribeiro, Estudio GutoRequena, Metro Arquitetos Associados, MNMA Studio, Nitsche Arquitetos, Play Arquitetura, Terra eTuma e Triptyque Architecture a refletir como hoje repercute o processo modernista no território nacional e dentro do próprio ambiente de trabalho. Um artigo do filósofo francês Mickaël Labbé, escrito especialmente para a mostra, sustenta o trabalho dos arquitetos na exposição.

Abertura: 16 de junho, sábado, às 14h00 – Entrada gratuita
Visitação até 12 de agosto