Do jeito que os negócios andam, o prazer de fazer moda e o direito de se divertir com ela não é para qualquer um. Mas que é uma receita saudável, ah isso é! Provavelmente o melhor antídoto contra o envelhecimento precoce. Da marca e do profissional que faz a roupa. Mesmo assim, com o controle de vendas mordendo os calcanhares,  a coisa ficou difícil e é de muita tensão e drama que deve brotar o casaco de inverno que vai fazer a alegria da compradora lá no final. Eu, que não sou muito crédulo, me pergunto se tamanho stress no processo não contamina o pobre do produto. Se essa máxima vale para outras coisas, deve valer neste caso também, não é? Quem sabe o vestido que enxergamos como feliz e desejável não tem, na verdade, uma cara triste quando chega lá na loja. Vai saber…  De toda forma, dá um prazer enorme ver moda comprometida com algo que é deixado de lado na dureza dos processos da dita vida comercial. Em Paris, apresentando o Inverno, Gareth Pugh, Commes de Garçons, Iris Van Herpen e Alexander McQueen mantiveram na pauta a chance de prazer e diversão com a roupa. Isso é moda inverno. Não é só produto não.