Londres fashion Week spring 2018: Enfant Terribles
Em terra de John Galliano, a semana de moda de Londres geralmente tem predileção pelo excêntrico e pelo fora da curva. Marcas menos conhecidas reafirmam sua autoralidade por meio da perícia de novos fazeres e há sempre aqueles nomes que nunca decepcionam, tanto para o drama, quanto para a arte de inventar moda.
Esse é o caso de Gareth Pugh. Temporada sim, temporada não, ele vem alternando e balanceando peças comerciais a peças realmente esculturais — ao gosto daquelas que lhe deram reconhecimento mundial. Sua última coleção é um exemplo do que não se deve nomear ou resenhar, ela apenas existe por algum motivo. E esse parece ser o grande segredo de Pugh: fazer roupas que podem ser e não que apenas são.
Nessa linha, surge Hussein Chalayan, outro nome fortemente reconhecido pela intensa veia performática e pela moda escultural que desafia proporções e semântica. Nessa coleção, curiosamente, ele emociona pela sutileza, trazendo seus fantasmas à tona em silhuetas retas e cores sóbrias.
“A moda é sobre atitude, não sobre bainhas” disse o casal de estilistas da Marques’ Almeida no backstage da apresentação. A marca trouxe para a passarela um ode às mulheres ao redor do globo e para isso, fez um interessante laboratório de patchworks.
Na On-off, a moda também encontrou sua própria maneira de provocar as leis da aerodinâmica. Com forte inspiração na cultura Pop, de Patricinhas de Baverly Hills à Power Rangers, a marca levou ao fim do desfile peças que encarnavam toda a força de heroínas intergaláticas em construções de vestuário que ultrapassam as funções de uso e de adequação aos espaços.
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