Os retratos do Michael Schmidt aparentam terem sido captados da maneira mais casual possível. O contexto social e espacial é reduzido a detalhes mínimos e esta espécie de orfandade de referências paira sobre os retratados como vazio e ausência. É interessante ver como, apesar disso, há uma empatia do artista com seus modelos. Ele mesmo declara esta solidariedade com a vulnerabilidade, e registra com sutileza esta falta de intimidade deles com a situação.

Amplificando os resultados, Schmidt leva as imagens para publicações e out doors, espaços onde se espera ver outra atitude. A série da qual estas imagens fazem parte chama-se Women, realizada entre 1997 e 99, e contrapõe-se, delicadamente, às imagens estandartizadas da mulher em publicações contemporâneas.

As fotos das fotos de Schmidt, no out door e publicada no jornal, são de Christian Sievers. Todas elas foram gentilmente cedidas ao blogradar pelal Bienal de Berlim. Aguarde mais sobre a Bienal.