Qual é a melhor orientação para uma escola de moda, aproximar o ensino das práticas do mercado ou deixar correr solta a imaginação dos alunos? Encontrar o equilíbrio entre estes dois extremos é a conversa da maioria, quando, na verdade, prevalece uma coisa ou outra. Sabe-se que na Itália toma-se o primeiro caminho e na Inglaterra o segundo. O Brasil, que é eclético por natureza oscila, mas tende a buscar alinhamento com o mercado. Para quem defende esta vertente não faltam argumentações e elas parecem, como é de se esperar, bastante sensatas. A favor da segunda há casos como o das empresas italianas, que preferem ir a Londres em busca de mentes criativas a contratar os formandos locais. Esta é uma conversa interessante e longa, vamos ficar por agora com a turma de graduação 2011 da Royal Academy of Fine Arts da Antuérpia. A escola é voltada para liberar o que houver de menos ortodoxo dentro de cada aspirante a ocupar uma posição na cadeia fashion. Comprovadamente, pelo menos por lá, a política que rende experimentações radicais entre os alunos rende também profissionais competentes para atuar no mercado. Há sempre um belga novo na cena, engrossando a fileira que tem Dries Van Noten e outros notáveis como ex alunos da Royal Academy. Veja as imagens.

Fotos acima: Ronald Stoops

Caveiras bacanas estas!

Cortesia: Fashion Department da Royal Academy of Fine Arts