Último desfile de Christopher Bailey para Burberry. (Foto: Rex)

Do dia 16 ao dia 20 de Fevereiro, a capital inglesa recebeu a 67° edição da fashion week. Mais de 80  designers, tradicionais e novos, convidados e imprensa de 60 países, patronos, compradores e autoridades passaram por lá.

Até a rainha, em sua primeira visita a uma semana de moda, apareceu para a inauguração de um prêmio concedido a novos talentos. Londres, um reduto da moda inovadora, e quase um centro de resistência à comoditização do setor, está preocupada com o geração de novos nomes e com o futuro dessa indústria.

De acordo com a Mintel, agência de pesquisa global, a indústria da moda contribuiu diretamente com US $ 29,7 bilhões para o PIB do Reino Unido, equiparando-se com outras indústrias base do país.

No entanto, apesar dos números estimulantes para o setor, a semana de moda londrina esteve focada, esse ano, na Positive Fashion — uma plataforma desenhada para promover e celebrar a diversidade, a sustentabilidade e a abertura às novas possibilidades e formatos do fazer moda, encorajando uma mudança mundial. Mais corretamente, a Positive Fashion é uma espécie de declaração de intenções, um conjunto de bases conceituais para nortear o setor.

Esse posicionamento da LFW coincide com o centenário do movimento sufragista na Inglaterra e resgata Londres como ambiente favorável para tratar de questões inclusivas aliadas a inovação e criatividade. E não apenas no discurso. Os ingleses estão se movimentando para que negócios e engajamentos fortes não fiquem de lados opostos.

Entender o que é a moda de verdade passa por aí.

No seu discurso de abertura, Caroline Rush, diretora executiva do British Council deu o tom forte do direcionamento que estão adotando por lá ao afirmar que talento e criatividade são as armas inglesas no contexto econômico e político atual.