Parte da pesquisa científica partiu para este filão, olhar como as espécies animais e vegetais criam engenhos físicos e químicos de adaptação, aprender com eles e transplantá-los para tecnologias passiveis de solucionar problemas contemporâneos. Bio é de vida e mimics é de mimesis, e este sim é um tipo de cópia do bem. Que não fere direitos autorais e ainda recupera sob influência dos objetos de pesquisa -passarinhos e cupins entre eles- uma poética e uma ética perdida em algum ponto do pragmatismo burro e meramente progressista. Um instituto com projetos bacanas é o www.biomimicry.net O da foto é de um pássaro mergulhador cujas habilidades ajudaram a resolver problemas de emissão de som de trens bala no Japão. Os projetos fazem lembrar enciclopédias de conhecimento do passado. Mas não são nostálgicos, envolvem técnicas de otimização produtiva e apontam para o futuro. Que também pode ser bom, afinal de contas.